Agência ANSA
Roma – Segundo as equipes de resgate, o naufrágio de um barco de imigrantes nesta sexta-feira (11) no Canal da Sicília deixou cerca de 50 mortos, incluindo uma dezena de crianças. Por outro lado, 147 pessoas foram retiradas com vida do mar por um navio de Malta e outras 50 por uma embarcação militar do mesmo país. Além disso, 10 crianças foram salvas por meios de socorro italianos e transportadas de helicóptero para Lampedusa. 33 corpos já foram recuperados.
Por meio de uma nota oficial, a Marinha maltesa informou que o acidente teria ocorrido por volta das 17h15 (12h15 em Brasília). Um avião militar estava em missão de reconhecimento na região quando avistou o barco, que continha cerca de 250 imigrantes. Ao notarem a aeronave, eles começaram a se agitar para serem percebidos, o que fez com que a embarcação virasse.
De acordo com fontes do palácio Chigi, sede do governo italiano, o premier do país, Enrico Letta, disse que essa é mais uma confirmação dramática da situação de emergência pela qual a Europa está passando. O primeiro-ministro determinou que o tema da imigração deve ser colocado com força sobre a mesa no próximo encontro da União Europeia.
O barco naufragou a cerca de 70 milhas de Malta e a 60 de Lampedusa, que no dia 3 de outubro foi palco de outra tragédia, quando um pesqueiro com 500 imigrantes ilegais afundou, deixando pelo menos 339 mortos
No entanto, mesmo depois do acidente, continuam chegando embarcações clandestinas diariamente na Itália. Nos últimos dias, mais de 500 pessoas foram resgatadas em operações coordenadas pela central operacional da Guarda Costeira italiana.
Em entrevista à ANSA, o premier de Malta, Joseph Muscat, disse que a União Europeia deve parar de perder tempo com palavras inúteis sobre a imigração ilegal no sul do continente. “Quantas vidas ainda teremos que perder esperando que a Europa perceba essa situação crítica? O Mediterrâneo se tornou um cemitério”, afirmou o primeiro-ministro. (Ansa Brasil)