Salvador – O diretor adjunto Joabes Gomes Santana e oito agentes penitenciários do Presídio de Eunápolis, no extremo sul do estado, poderão ser indiciados por corrupção, formação de quadrilha, tráfico de drogas, associação para o tráfico e facilitação à entrada de celulares e outros objetos na unidade, que abriga 450 presidiários.
Presos durante operação conjunta do Ministério Público e Polícias Civil e Militar, eles serão ouvidos, nesta quarta-feira (25), na 23ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin), com sede em Eunápolis.
O esquema de corrupção, denunciado por um interno, que tem identidade mantida em sigilo, já vinha sendo investigado pelo Ministério Público e pela Polícia Civil, segundo informou o coordenador da 23ª Coorpin, o delegado Élvio Brandão. Durante depoimento na unidade, na presença do promotor João Alves Silva Neto, o interno confirmou a denúncia feita, por meio do telefone 190, sobre a prática de crimes dentro do presídio, os quais contariam com a conivência do diretor adjunto.
Prisão temporária
O juiz da comarca de Eunápolis decretou a prisão temporária de Joabes e dos agentes penitenciários Ezequiel Souza Bandeira, Ingrid Souza Bandeira, Ala Sandro Farias Bastos, Augusto Lima Pereira, Josemário Reis Novais, Milton Jackson Araújo Silva, Aderlan Oliveira Santos e Geilson de Moura Santos, que tiveram mandados cumpridos por policiais civis e militares na terça-feira (24).
“Celulares e armas já tinham sido apreendidos em operações policiais anteriores naquele presídio”, informou o coordenador regional, salientando que provas estão sendo produzidas contra os denunciados.
Antes de assumir o cargo de diretor adjunto em Eunápolis, Joabes foi diretor do Presídio de Teixeira de Freitas, onde a polícia chegou a apreender drogas e armas, cumprindo mandados judiciais de busca e apreensão. Ele foi apontado, na ocasião, como suspeito de envolvimento no esquema de corrupção descoberto na unidade prisional, também localizada no extremo sul do estado.