Salvador – O salário do novo presidente do Esporte Clube Bahia, Fernando Schmidt, deve ser o dobro do que ele recebia como chefe de gabinete do governador Jaques Wagner. A princípio, estava acertado que como presidente remunerado, Schmidt receberia do clube R$ 50 mil por mês. Mas depois, os atuais “cardeais” do Bahia, comandados por Sidônio Palmeira, marqueteiro do PT e de Wagner, decidiram que o presidente receberá R$ 30 mil devido às dificuldades finaneiras atuais do clube, que tem uma dívida superior a R$ 40 milhões.
Os vencimentos de Schmidt já estão definidos e ficarão abaixo (a metade) do que recebia o advogado Carlos Rátis como interventor do clube – R$ 60 mil. Outro dirigente que será remunerado é Reub Celestino. Para responder pela diretoria administrativo-financeira, Reub, ex-presidente da Ebal e irmão do colunista político Samuel Celestino, terá salário inicial de R$ 25 mil. As demais diretorias remuneradas serão as de Futebol e Negócios. O jornalista Nestor Mendes deverá responder pela última e ficará também pela área de comunicação do clube.
“Nestor vai trabalhar comigo. Isso já está definido”, afirmou Schmidt, ontem, em entrevistas durante sua posse. Apesar da presença do PT no movimento que levou à intervenção no clube e em toda a fase que sacramentou a eleição de Fernando Schmidt, o presidente garante que o clube viverá uma nova fase daqui para a frente. “Queremos um Bahia eminentemente profissional. O clube deu um exemplo para o país, fazendo eleições diretas”.