CLÁUDIO HUMBERTO
É do jogo político: Dilma pode manter a visita de Estado a Washington, em outubro, ainda que não a satisfaçam as alegações do presidente Barack Obama sobre a espionagem dos seus telefones e emails. Dilma tem na manga os caças F-18 que os EUA querem vender ao Brasil, e não quer perder a disputa pelo assento permanente no Conselho de Segurança da ONU. O “degelo” pode ser bom para ambos os lados.
Deixa como está – O “degelo” será costurado pelos canais diplomáticos dos dois países, após Obama prometer a Dilma que vai “investigar o episódio”.
Amigo fronteiriço – Espionado pela Inteligência dos EUA, o presidente do México, Enrique Peña Nieto considerou “encerrada” a questão com seu maior parceiro.
Sem saída – Quando contou piadas a Bush e ouviu de Obama que ele era “o cara”, Lula também era espionado, e antes dele até o finado Vargas o foi.
Brinde à incompetência – Nem a crise diplomática tirou do Ministério das Relações Exteriores o apego a comemorações: antes de sair, o ex-chanceler Antonio Patriota reservou R$ 16,4 mil para comprar 500 garrafas de espumante Brut. (Coluna de Cláudio Humberto)