O velho Sistema Ferryboat, operado pela empresa Internacional Marítima, foi atingido em cheio pelo apagão, que deixou o Nordeste sem energia durante mais de três horas. Na verdade, o apagão poderia ser superado caso a concessionária contratada pelo Estado colocasse os geradores existentes nos terminais de São Joaquim para funcionar.
Mas o blecaute pegou a empresa “desprevenida”, porque nenhum dos geradores estava em condições de operar. Resultado, as pranchas das gavetas de atracação não puderam funcionar sem a energia fornecida pela Coelba. Estavam quebrados.
O que aconteceu com os geradores é o mesmo que todo dia os usuários percebem: a falta de manutenção, o abandono do patrimônio público. A Internacional está fazendo igual à TWB: deixa tudo sucatear para o governo gastar o dinheiro púbico e ela lucrar. O ferry Paraguaçu, reicorporado à frota com muita festa, em janeiro, pelo vice-governador Otto Alencar, voltou à Base Naval de Aratu. Só navegou um mês e está acabadinho. O Ipuaçu, que seria reformado e o mais novo da frota antiga de navios, foi condenado pelos experts em engenharia naval instalados no gabinete do médico ortopedista Otto Alencar.
Tortura – Milhares de usuários ficaram presos nos terminais e a fila de veículos é quilométrica, principalmente no Terminal de Bom Despacho. Usuários enviam mensagens reclamando da irresponsabilidade da Internacional Marítima em manter os geradores dos terminais parados. A Internacional é a empresa contratada pelo Governo do Estado para operar o ferryboat. Dizem que vai ganhar a concorrência para ficar à frente do sistema por até 25 anos.