CLÁUDIO HUMBERTO
A presidenta Dilma Rousseff decidiu demitir o ex-chanceler Antonio Patriota ainda nas primeiras horas da manhã desta segunda-feira, e fez chegar a ele a ordem para que apresentasse sem demora seu pedido de desligamento. Ela perdeu em definitivo a paciência com o ministro, a quem sempre tratou sem o mínimo resquício de respeito. Os esculachos eram tão frequentes que Patriota fugia de encontros com a presidenta como o diabo da cruz.
Ciente da demissão, Patriota usou o colega Celso Amorim, ministro da Defesa e portador do recado para se demitir, para convencer a presidenta Dilma a substituí-lo pelo embaixador Luiz Alberto Figueiredo, chefe da missão brasileira junto às Nações Unidas, em Nova York, a fim de abrir vaga para ele próprio. Seria uma “saída honrosa” do governo com certa dignidade, segundo argumentou. Amorim levou horas para convencer Dilma dessa solução. (Coluna de Cláudio Humberto)
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