CLÁUDIO HUMBERTO
Médicos cubanos que trabalhavam no Tocantins, durante o governo FHC, eram vigiados por colegas espiões. A informação é de uma médica cubana que veio trabalhar no Brasil e desertou em 2004. Lilia Rosa Leyva Urquiza é médica da família em Chapecó (SC). Acredita-se que o modelo se repetirá, com os 4 mil profissionais contratados para atuar no Brasil. Para cada grupo, a ditadura cubana designa um dos médicos para espionar os colegas e delatar ameaças de deserção.
Estado policial – Médico cubano que deixar escapar a vontade de desertar é denunciado à Embaixada de Cuba em Brasília, e repatriado sem demora.
Contrato assinado – Antes de sair de Cuba, o médico se obriga em contrato a transferir grande parte do salário (no mínimo 50%) à embaixada cubana.
Meio a meio – Paga com cheque, a médica Lilia Rosa era obrigada a descontá-lo e entregar a metade a um funcionário da embaixada, na boca do caixa.
Medo de desertores – Lilia Rosa reforça o medo cubano de perder os médicos para o Brasil, e lembra que ao desertar ficou proibida de voltar a Cuba por oito anos.
Encrenca à vista – O contrato do Brasil com a Organização Panamericana de Saúde esconde uma armadilha: o Estatuto do Estrangeiro determina inscrição nos Conselhos Regionais de Medicina. Sem registro, a responsabilidade será da Organização, em caso de erro médico.
Põe o tubo – Candidato ao governo paulista, o ministro Alexandre Padilha (Saúde) comemora por conta a destrambelhada importação de cubanos. Têm até outubro de 2014 para tirar o governo Dilma da UTI da Saúde.
Vai vendo – Em “Carta aberta ao povo brasileiro”, estudantes brasileiros da Escola Latino-Americana de Medicina, em Cuba, se ofereceram ao SUS, contra “a medicina mercantilizada e desumanizada” do Brasil. A escola já formou mais de 2 mil “companheiros”, impedidos de atuar na ilha. (Coluna de Cláudio Humberto)
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