A BAHIA FALIU. MAS…DE QUEM É A CULPA?
O que todo mundo já desconfiava, agora é fato: o Estado da Bahia faliu. Semana passada, o governo baiano anunciou um corte de despesas de mais de R$ 300 milhões, eliminou cargos de confiança e até reduziu a verba para viagens e aluguel de carro.
O objetivo das medidas, diz o governador, é reequilibrar as contas do Estado.
Mas quem causou o tal desequilíbrio? O governo petista.
Gastando com que? Sabe Deus.
Alguém consegue apontar alguma melhoria na área de segurança pública? E na educação? E na saúde? E na infraestrutura?
Nada, absolutamente nada que justifique tamanho desastre financeiro.
QUANTO CUSTA O HELICÓPTERO?
Com o contigenciamento decretado,o governador Jaques Wagner deveria dar o exemplo, sair na frente.
Podia deixar de usar o helicóptero do governo para se deslocar de Ondina para o Centro Administrativo.
Afinal, que contigenciamento é esse que não chega aos gastos espetaculares do Palácio de Ondina?
Que tal, governador?
MISTÉRIO
Aliás, a grana que o Estado gasta com o os vôos de Wagner de helicóptero é uma coisa misteriosa. Fala-se em R$ 300 mil/mês só de combustível, mas há quem assegure que é o dobro.
ESCAFEDEU-SE
O deputado estadual Luciano Simões entregou um requerimento na Casa Civil desde julho. Ele quer que o governo discrimine e divulgue quanto o Estado gasta mês a mês com o helicóptero usado por Wagner. Foi surpreendido semana passada com a informação de que o requerimento desapareceu. Nenhum funcionário da Ouvidoria da Casa Civil conseguiu localizá-lo.
WAGNER IMPÕE SCHMIDT NO BAHIA
Fernando Schmidt, chefe do gabinete do governador Jaques Wagner, desponta como o ”favorito” para ser o novo presidente do Bahia. Ele conta com o apoio de Sidônio Palmeira – marqueteiro de Wagner -, de Bobô, diretor da Sudesb e empregado do governador, da primeira-dama Fátima, do próprio Wagner, da turma do PT inteira.
O governo vai jogar pesado para eleger Schmidt. A eleição para o governo do Estado é no ano que vem e a Nação tricolor é um prato cheio, cheio não, farto de votos, milhões de votos.
Schmidt é cria de Osório Villas Boas, que se arrependeu muito depois de ter contemplado o então funcionário da Óticas Teixeira com a presidência do clube. Osório passou a achar depois que atual secretário de Wagner era devagar demais, quase parando, para atuar no meio do futebol.
Se vivo estivesse, Osório estaria p… da vida com a volta de Schmidt, que por sinal estava há anos sem pagar as mensalidades de sócio.
COISA ARCAICA
Schmidt foi presidente do Bahia na década de 70 (de 76 a 79) – quando o futebol tinha um outro aspecto e nível. Já se passaram mais de 20 anos, pois. Ficou para trás, é ultrapassado, pesado, arcaico
Mas, quem se importa com isso?
Eleito, Schmidt pode tentar implementar no Bahia o padrão de gestão do governo Wagner.
Não vai ser nada bom.
SEM ACORDO
Enquanto Wagner e o PT vão impondo Schmidt guela abaixo da torcida tricolor, o empresário de futebol e radialista Antonio Tillemont, que há um mês está em campanha, garante que “não tem acordo certo” para desistir da candidatura.
Fala-se que Tillemont já foi consultado para fazer uma composição e entrar na chapa de Schmidt.
SALVADOR VIROU A TERRA DO MEDO
Comovente o esforço da Secretaria de Segurança Pública (SSP) em esclarecer o assassinato da servidora da Ufba Selma Barbosa Alves. Os autores do crime foram presos em 24 horas.
Na Bahia, funciona assim: crimes contra policiais e aqueles com grande repercussão na mídia são logo resolvidos. Os demais, ou seja, praticamente todos, caem no esquecimento.
A SSP jura que a violência está diminuindo no Estado. Segundo a secretaria, o numero de homicídios, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte caiu quase 11% nos primeiros seis meses deste ano na Bahia em relação ao mesmo período de 2012.
Parabéns, secretário Maurício Barbosa.
O esforço agora é convencer a opinião púbica de que esses números são reais e expressam o sentimento dos baianos e a realidade das ruas, da periferia, dos bairros nobres, dos becos, das esquinas e delegacias dessa cidade.
Salvador virou a terra do medo. Hoje, é programa de risco fazer compras no supermercado ou num shopping de bairro, ir num restaurante, dar carona, estacionar o carro, caminhar por ai, passear, brincar, ser gente.
VIOLÊNCIA EXPLODE E WAGNER CULPA O CRACK
Na Bahia, a explosão da violência é culpa do crack. Jaques Wagner, seus secretários e a propaganda oficial repetem isso exaustivamente, num blá-blá-blá interminável, nada convincente e que não se sustenta na realidade e tampouco no bom-senso.
Tentam nos convencer de que o crack é um produto genuinamente baiano, que só existe aqui – uma espécie de arrocha do mundo das drogas.
Não, não é não Wagner.
São Paulo tem crack. Tem até uma cracolândia por lá, governador.
Rio também tem crack.
Rio e São Paulo reduziram a violência.
Como? Com investimentos, gestão e bons projetos.
Aqui o governo menosprezou a bandidagem e perdeu feio. E quem paga o pato? O cidadão de bem.
DECADÊNCIA BOMPREÇO
O Rede Bompreço já viveu dias melhores. A loja da Boca do Rio dá pena. Ontem (domingo) o aspecto era o pior possível: iluminação precária, calor, caixas e gôndolas velhos, caindo aos pedaços. Tudo muito feio.
Quem entra na loja tem vontade de sair logo dali, correndo, de preferência com as mãos vazias.
DE MAL A PIOR
Errou que apostou que com a saída da TWB o sistema ferryboat iria melhorar.
E errou feio. A travessia para a Ilha continua um inferno.
A Internacional Marítima da terra de José Sarney cai pelas tabelas em ritmo alucinante. No mesmo ritmo do sucateamento dos navios.
ARENA FONTE NOVA É ZEBRA
A euforia em torno da Arena Fonte Nova passou. O estádio, que consumiu a bagatela de R$ 700 milhões, deixou de ser novidade.
Só 10 mil torcedores ontem no jogo Bahia x Santos.
A inviabilidade econômica do projeto está mais que clara. Construída só para jogos de futebol, não tem como segurar os custos operacionais.
Com o ingresso mínimo a R$ 60, o povão tricolor fugiu -ou foi expulso – das arquibancadas. As imagens dos jogos transmitidos pela TV não deixam dúvidas sobre o perfil do torcedor presente.
E os preços das cantinas e lanchonetes arrepiam. Uma pipoca por R$ 10 e uma latinha de uma horrorosa cerveja pelo mesmo preço doem no bolso.
O pibinho da Bahia não comporta tamanha extravagância.