Salvador – O Complexo Hospitalar Universitário Professor Edgard Santos (Hospital das Clínicas da UFBA) será a primeira unidade de saúde pública na Bahia e terceira dos Hospitais Universitários a ter um Banco de Cordão Umbilical para atender os pacientes com doenças do sangue que precisam ser tratados com células tronco, através do Transplante de Medula Óssea como a leucemia,linfoma, anemia grave, anemia congênita, hemoglobinopatia, imunodeficiência congênita, mieloma múltiplo, além de outras doenças do sistema sanguíneo e imune.
O projeto faz parte da Rede Brasilcord – Banco Público de Cordão Umbilical, do Ministério da Saúde, implementado pela Fundação do Câncer, em parceria com o Instituto Nacional do Câncer (INCA). Segundo Marson Rebuzzi, gestor de projetos da Fundação do Câncer, os bancos públicos conservam hoje cerca de 17 mil bolsas desse tipo de sangue para atender gratuitamente pacientes à espera de transplante de medula óssea, para quem não tem um doador compatível na família. Cerca de 170 unidades já foram usadas em transplantes, desde 2004. O investimento médio em cada banco da expansão da rede é de R$ 5 milhões, financiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
A unidade no HC já está em fase de elaboração do projeto executivo para o inicio das obras até o final do ano. O local já foi escolhido e terá a capacidade instalada de armazenar 3.600 bolsas de sangue. O projeto foi apresentado ontem (14) a Reitora da Universidade Federal da Bahia, Dora Leal, ao diretor do Hospital, Dr. Hugo Ribeiro Jr., e contou com as presenças de profissionais do serviço de Oncohematologia, representantes da SESAB, Anvisa, entre outros.
A Bahia está entre as quatro capitais a serem beneficiadas com uma previsão de dois anos para o pleno funcionamento. Já existem doze centros no país, quatro em São Paulo, devido à densidade populacional, um no Rio, um no Paraná, em Curitiba, no Rio Grande do Sul, Ceará, Pará e em Pernambuco.