O marqueteiro do PT e amigo do governador Jaques Wagner, o publicitário Sidônio Palmeira, está sendo acusado de querer apoderar-se do Bahia, que está sob intervenção. Quem fez a denúncia, em nota pública, foi o advogado César Oliveira, do grupo ”Democracia Tricolor”. Sidônio, que atuou como publicitário nas duas campanhas que elegeu Wagner governador, é o líder do grupo “Bahia da Torcida” e candidato declarado a presidente na futura eleição do clube, prevista para acontecer em 30 dias.
Na nota que distribuiu hoje, César Oliveira diz que Sidônio Palmeira passou a “arvorar-se de patrono da intervenção, recorrendo sempre ao nome do governador Jaques Wagner como seu mentor”. O documento de Oliveira foi divulgado após a renúncia do advogado Alexandre Valente, indicado pela Justiça para auxiliar interventor Carlos Rátis. Valente é membro da ”Democracia Tricolor”.
“Alexandre percebeu que Sidônio quer conduzir a intervenção da sua forma. Ele já tem até o nome de Fernando Jorge como candidato a presidente do Bahia. Ele quer ganhar no grito”, garantiu César Oliveira.
Segundo matéria hoje do jornal A Tarde, o motivo da ruptura entre as oposições foi uma reunião ocorrida no mesmo dia em que a intervenção foi deflagrada. No encontro, ocorrido na sede da Leiaute, empresa de publicidade de Sidônio, César Oliveira sugeriu que as vice-presidências do clube fossem dividias entre as oposições, durante o período que durasse a intervenção.
Na proposta, Oliveira sugeriu que o seu grupo assumiria os principais postos: o jurídico (com ele à frente do cargo), o social e a área do futebol (que teria Ricardo Maracajá – neto do ex-presidente Paulo Maracajá – como diretor). O grupo de Sidônio ficaria com o marketing, financeiro e a área de imprensa. O publicitário não concordou.
Sidônio nega apoiar o nome de Fernando Jorge como possível presidente. “Não estamos apoiando ninguém. Somos a favor da democracia no Bahia, apenas isso”, disse.