Luciano Nascimento
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Os manifestantes que ocupavam, há seis dias, a Câmara de Vereadores de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, deixaram hoje (1º) o local. Eles se retiraram da sede do Legislativo após a negociação de um termo de compromisso assinado pelo presidente da Câmara, Marcelo Zappe Bisogno (PDT), que se comprometeu a afastar, em até 30 dias, o procurador jurídico da Casa, Robson Zinn, que também é presidente municipal do PMDB, mesmo partido do prefeito do município, Cezar Schirmer.
No documento, os parentes das vítimas do incêndio ocorrido na madrugada de 27 de janeiro na Boate Kiss dizem que não se opõem à continuidade do trabalho da comissão parlamentar de inquérito (CPI) que investiga a tragédia. O prazo limite para apresentação do relatório final é a próxima quarta-feira (3). Porém, os manifestantes sugerem a renúncia dos três vereadores que integram a CPI, Maria de Lourdes Castro (PMDB), Sandra Rebelato (PP) e Tavores Fernandes (DEM).
“Tínhamos duas pautas: a anulação da CPI e a saída do procurador da Câmara. Entendemos que poderíamos deixar a CPI acabar, porque o prazo é esta semana, e resolvemos negociar a saída do procurador no prazo máximo de 30 dias”, disse à Agência Brasil o presidente da Associação de Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria, Adherbal Ferreira.