REDAÇÃO DO JORNAL DA MÍDIA
Apesar de Geddel Vieira Lima ter tentado amenizar, a saída de Antônio Carlos Batista Neves da Superintendência de Conservação e Obras Públicas de Salvador (Sucop) se deu por um único motivo: ineficiência. Pelo menos é isto que garantem assessores do prefeito ACM Neto.
Os buracos nas ruas e avenidas da cidade são um dos principais alvos de reclamação da população em relação à prefeitura.
Leia também:
Os problemas na obra da rua Nilo Peçanha, na Calçada, foram a gota d’água, segundo diz hoje A Tarde. Dois meses depois de uma “grande” obra de drenagem e requalificação da rua, o asfalto não resistiu às primeiras chuvas e cedeu, abrindo novos buracos na via.
Batista Neves entregou ontem sua carta de demissão e Geddel não deixou de dar uma forcinha para aquele que é considerado o homem de sua extrema confiança.
“Batista pediu demissão por questões pessoais. Ele é um gestor competente, que já foi secretário de Estado, e acha que já deu a sua contribuição”, afirma Geddel.
Não é bem assim. Apesar de ser considerado um técnico “tocador de obras”, Batista Neves foi para a Sucop muito insatisfeito. Quando foi convocado por Geddel para integrar a equipe de ACM Neto, sonhou que iria assumir a Secretaria de Infraestrutura, cargo que ocupou no governo Wagner, de 2007 a 2009.
Só que apareceu Lúcio Vieira Lima, o irmão de Geddel, que há muito tempo não gosta de Batista Neves e não esconde isso para ninguém no PMDB. A rixa de Lúcio começou desde que Batista era secretário de Infraestrutura de Wagner.
Na Seinfra, Batista Neves fazia o que queria. Era concentrador e tirou toda a autonomia de órgãos como a Agerba e Derba. As queixas chegavam aos montes a Geddel, que dava ainda mais corda ao seu pupilo preferido.
Com o episódio da “Operação Expresso”, quando Batista foi acusado de ter colaborado “de alguma forma” ou “indiretamente” ao fazer críticas à Agerba, dizendo que já tinha levado aquelas denúncias ao governador, a relação dele com Lúcio Vieira Lima ficou insustentável.