REDAÇÃO DO JORNAL DA MÍDIA
Salvador – Apesar da concessionária Internacional Marítima ter garantido, com respaldo e patrocinio do Governo do Estado de que o Sistema Ferry Boat estaria funcionando com toda capacidade e que não haveria transtorno para os usuários, quem está se aventurando em atravessar para a Ilha de Itaparica nesta quinta-feira (20) enfrenta enormes filas no Terminal Marítimo de São Joaquim.
A TV Bahia mostrou há pouco imagens da situação na região de São Joaquim. Às 6 horas da manhã, a fila de veículos já estava na Calçada. Uma hora depois se aproximava dos Mares. O usuário que estiver com o seu carro na Calçada, por exemplo, leva no mínimo quatro horas, se tudo correr bem, para embarcar.
A fila de pedestre já passava, às 7h da manhã, do clube da Codeba, em São Joaquim. E o mesmo sofrimento de sempre.Como choveu entre 6h e 7h desta manhã, os usuários toveram que enfrentar o aguaceiro.
“É sempre a mesma história, eles prometem e a bagunça continua. Cadê os navios que o governo disse que tinha consertado? Só tem três navegando, uma verdadeira esculhambação isso aqui”, desabafou a usuária Lourdes Santana Dias, em e-mail ao JORNAL DA MÍDIA.
Concessionária Chapa Branca – A concessionária Internacional Marítima garantiu hoje (20), através de boletim, que cinco ferries estão em tráfego e que os horários de saída seriam de 30 em 30 minutos. A empresa, que veio do Maranhão para explorar o Sistema Ferryboat, tem todo o apoio do Governo do Estado, através da Secretaria de Infraestrutura e da Agerba, a agência responsável pela fiscalização do sistema.
Portanto, quando o usuário for mal atendido, é bom sempre lembrar que a culpa é toda do governo do Estado, que é especialista em fazer essas “parcerias”. Portanto, a população deve dirigir suas reclamações ao governador Jaques Wagner e ao vice Otto Alencar. Eles é que sáo os responsáveis.
A Internacional lembra muito a ex-concessionária do ferryboat, a TWB. Nas “ações” e na forma como é tratada pelo governo. A empresa não é encarada pelo governo como uma concessionária fiscalizada, e sim como uma parceira de um negócio chamado ferryboat, altamente rentável, segundo garantiu o diretor-executivo da Agerba, Eduardo Pessoa, em inúmeras entrevistas à imprensa. O secretário Otto Alencar também disse a mesma coisa.
Antes de assumir o sistema ferryboat, a Internacional Marítima fez a ”reforma” dos navios, mesmo sem ter nenhum contrato assinado ainda com o Governo do Estado. O custo total dos serviços nas embarcações saiu por mais de R$ 30 milhões, conforme dados divulgados pelo próprio governo.
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