Salvador – A transferência das unidades do Tribunal Regional do Trabalho (TRT-BA) para o Centro Administrativo da Bahia (CAB), ainda em 2015, já está deixando os profissionais da área preocupados com aspectos relacionados à mobilidade urbana, especialmente nas avenidas Tancredo Neves e Paralela, onde o tráfego é mais intenso. A mudança deverá aumentar em cerca de oito mil pessoas o deslocamento diário para o CAB, entre servidores, advogados, partes, pessoal de apoio e interessados.
A presidente do TRT, desembargadora Vânia Chaves, revelou nesta terça-feira que já foi procurada por representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-BA), da Associação Baiana de Advogados Trabalhistas (ABAT), de sindicatos e do próprio Ministério Público, preocupados com a falta de mobilidade urbana no local.
Para o complexo de oito prédios serão transferidos os dois fóruns situados em Nazaré, as 39 varas que funcionam no prédio do Comércio, que pertenceu ao Banco Econômico, e o arquivo instalado no Barbalho. Cada vara realiza diariamente cerca de 20 audiências, conforme a desembargadora.
A frota do TRT também é grande, cerca de 60 carros, 30 dos quais pertencentes aos desembargadores. O estacionamento, com 1.700 vagas, é considerado insuficiente para a clientela. Apenas um prédio do complexo – o do arquivo – já está pronto. Segundo Vânia Chaves, a licitação para a construção dos outros sete prédios será divulgada em breve.
A declaração da presidente do TRT-BA ocorreu durante almoço oferecido a ela, na Casa do Comércio, pela Associação Empresarial Tancredo Neves, que realiza mensalmente um encontro institucional com a finalidade de debater temas que digam a respeito à mobilidade urbana da cidade, especialmente da área que representa.
Já foram recebidos pela entidade o chefe da Casa Civil da prefeitura, Alberico Mascarenhas, e o secretário de Urbanismo e Transportes Municipais, José Carlos Aleluia, que ontem mais uma vez compareceu ao evento a fim de ouvir as reivindicações relacionadas à administração municipal.
O secretário José Carlos Aleluia salientou que a área do CAB não é de responsabilidade da Prefeitura, mas afiançou que providências para melhoria do transporte público e para facilitar o tráfego na Avenida Tancredo Neves e na Avenida Paralela já estão sendo tomadas. A expectativa dos profissionais é que em 2015 o metrô prometido pelo governo do Estado já esteja funcionando.
Criada há menos de um ano, a Associação Empresarial Tancredo Neves reúne empresários, proprietários de imóveis e síndicos de empreendimento na área, tendo com principal objetivo promover a reurbanização do local de forma a transformá-lo não só num centro empresarial, mas também em ponto de entretenimento.
O diretor-superintendente é o advogado Luiz Walter Coelho Filho, também síndico do condomínio do Suarez Trade Center, que tem em mãos um projeto feito pela associação para a reurbanização da área, tendo como foco principal a urbanização do rio que passa em frente ao Salvador Shopping Center.