Ivan Richard
Agência Brasil
Brasília – O líder do PSDB na Câmara, deputado Carlos Sampaio (SP), disse hoje (28), depois de encontro com o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Leandro Daiello Coimbra, que as investigações sobre o boato do fim do Bolsa Família estão concentradas, agora, no depoimento de testemunhas e funcionários da Caixa Econômica Federal.
De acordo com o tucano, em relação a informações divulgadas de que a oposição poderia estar por trás da criação do boato, um advogado do PSDB vai acompanhar as investigações. “Queremos a apuração de todos esses fatos e a oposição tem interesse na agilidade dessa investigação”, disse. Um grupo de parlamentares do PSDB, do DEM e do PPS esteve na Superintendência da PF para acompanhar o andamento das investigações.
Segundo Sampaio, outras duas linhas de investigação – de que o boato partiu da internet ou de uma empresa de telemarketing – perderam força. “Dessas três linhas, ele [o diretor-geral da PF] tem a impressão de que o boato foi boca a boca e, a partir dai, gerou-se o comentário via internet, e não o inverso. Além disso, a empresa de telemarketing não existe com o seu nome e uma única pessoa afirmou que teria sido acionada pela empresa”, disse o tucano.
Ontem (27), em entrevista coletiva, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, confirmou que uma das linhas de investigação da PF era de que o surgimento do boato ocorreu por meio de uma empresa de telemarketing. Segundo ele, a PF foi informada por um jornalista de que uma pessoa recebeu um telefonema informando sobre o fim do programa de distribuição de renda. O ministro reiterou ainda que uma ação orquestrada não está descartada.
Para o líder do PSDB, é preciso apurar se houve má-fé da Caixa Econômica Federal ao anunciar, logo após o episódio, que a liberação dos benefícios ocorreu para minimizar os efeitos do tumulto nas agências, versão que foi corrigia posteriormente.