AGÊNCIA ANSA
Moscou – O tribunal da cidade de Berezniki, na região russa de Perm, rejeitou hoje o pedido de libertação antecipada feito por Maria Aliokhina, uma das três integrantes do grupo Pussy Riot que foram condenadas a dois anos de prisão após realizar uma manifestação contra o presidente Vladimir Putin no começo do ano passado.
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A advogada de Aliokhina, Irina Khrunova, anunciou que irá apresentar um recurso contra a decisão, que ela considerou “ilegal e sem fundamento”. Os representantes da prisão onde Aliokhina está detida e o Ministério Público se disseram contrários à libertação da jovem alegando que ela violou conscientemente as regras de conduta carcerária.
Membros do grupo artístico Voinà, que incluía algumas das Pussy Riot, informaram que o pedido foi recusado por razões “controversas” que foram apresentadas pela promotoria, como o fato de que Aliokhina não mantinha a cama em ordem, que não usava o véu na cabeça quando trabalhava com a máquina de costura e que tentou escrever cartas durante o horário de almoço.
Aliokhina anunciou ontem uma greve de fome após o tribunal de Berezniki ter negado seu pedido de estar presente na sala durante a audiência sobre a liberação antecipada.
Além de Aliokhina, Nadejda Tolokonnikova e Ekaterina Samutsevic foram detidas em fevereiro de 2012 após cantar uma música punk na catedral do Cristo Salvador de Moscou, pedindo à Virgem Maria para que esta “expulsasse” o então primeiro-ministro e atual presidente da Rússia, Vladmir Putin. (AnsaLatina)