O deputado pastor Isidório de Santana (PSB) disse que só admite se retratar no processo que a comissão de ética do seu partido abriu para investigar declarações consideradas “homofóbicas” se ele, a senadora Lídice da Mata e o socialista que publicou no site da legenda uma “nota de repúdio” ajoelhassem juntos numa praça pública, se abraçassem e pedissem perdão entre si.
Contido nos últimos dias após o estardalhaço causado com a visita do deputado pastor Marcos Feliciano, a quem apoiou num culto evangélico, Isidório não aceita nem ser advertido pelo PSB. “Me advertir por quê? Por não ser viado? Imagine você, eu vou estar sendo advertido por não ser mais viado, por ser contra casamento homossexual”, declarou, informando que até hoje (quarta-feira) não havia recebido a notificação da comissão de ética do partido para que apresente sua defesa no caso.
Isidório se disse um “apaixonado” pela senadora Lídice da Mata, acredita que ela será “governadora da Bahia” e que, se o expulsar do PSB, estará se voltando contra um eleitor certo dela. Ponderou que “47 mil pessoas” votaram nele para deputado e “precisam ser respeitados”. Alegou ter o direito de ser contra o casamento homossexual.
“Onde está a democracia? Não pode todo mundo querer ser viado, ou hétero! É cada qual com o seu cada qual. Sempre disse que ser homossexual não é crime. Os homossexuais têm que ter direito a tudo e eles têm. Agora não são deus e não serão. Homem sempre vai ser homem e mulher sempre vai ser mulher”, disse, repetindo seu mantra. (A Tarde)