LUÍS AUGUSTO GOMES
Nova e cansativa batalha verbal é esperada para hoje na Assembleia Legislativa, quando deverá ser apreciado o projeto do governo do Estado que concede a segunda parte do reajuste do funcionalismo público.
O projeto anterior reajustou os salários em 2% a partir de janeiro. O atual traz a proposta de 3,765% a partir de julho, cumulativamente, perfazendo o índice de 5,84% equivalente ao IPCA do 2012.
A oposição deverá ter o mesmo comportamento da semana e obstruir a votação “dessa proposta aprovada pelo sindicalismo pelego, que impõe perdas graves no primeiro semestre”, segundo o vice-líder Carlos Gaban (DEM).
Entretanto, a bancada vai apresentar emenda para que a retroatividade plena seja aplicada desde janeiro. “Se o governo aceitar isso, que é um direito dos servidores diante da inflação, nós não faremos obstrução”, disse Gaban.
O líder do governo, Zé Neto (PT), disse há pouco a Por Escrito que não há possibilidade de o governo aceitar a proposta de retroatividade da oposição: “Foi um acordo feito na mesa de negociação com os sindicatos, não se pode mudar uma linha”.
Na sessão de hoje, poderá ser apreciado ainda o pedido de urgência para o projeto de autorização de empréstimo de R$ 208 milhões, feito pelo governo do Estado à Caixa Econômica para obras de saneamento básico no subúrbio e requalificação de vias no Centro Histórico. (Por Escrito)