Salvador – Impasse envolvendo a Prefeitura Municipal de Salvador e os prestadores de serviços de saúde privados, que atendem ao Sistema Único de Saúde – SUS continua preocupando o setor. Já são 133 dias de governo ACM Neto na prefeitura e nenhuma promessa de pagamento.
“Independente da situação partidária as clínicas precisam receber. O serviço foi prestado, a população atendida e a responsabilidade é da Prefeitura Municipal de Salvador, que precisa honrar os compromissos assumidos. Nem o Ministério Público está sendo respeitado”, afirma o presidente da AHSEB, Dr. Ricardo Costa.
Desde o início do ano, clínicas e hospitais particulares, ainda que com incapacidade operacional, lutam para manter o atendimento aos pacientes por saberem da necessidade da população baiana. Porém, a situação tornou-se insustentável. Atualmente, algumas clínicas como a INSBOT e São Bernardo deixaram de atender aos pacientes do sistema, e outras, com até 39 anos de atendimento ao SUS, já solicitaram descredenciamento em virtude do baixo orçamento disponibilizado pela Secretaria Municipal de Saúde de Salvador.
Outra situação que complica o atendimento de pacientes do SUS foi a implantação, pela SMS de Salvador, do Sistema Vida +. O programa apresenta graves problemas operacionais de conexão de internet, que dificultam o faturamento integral dos serviços prestados, trazendo diversos prejuízos às unidades credenciadas ao SUS Salvador.
A Associação de Hospitais e Serviços de Saúde do Estado da Bahia – AHSEB, o Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Saúde do Estado da Bahia – Sindhosba e a Federação Baiana de Saúde – Febase enviaram uma carta e um e-mail ao Prefeito ACM Neto e ao Secretário Municipal de Saúde, José Antônio Rodrigues Alves, onde solicitam uma audiência para discutir a situação. O intuito é encontrar uma solução que amenize as dificuldades e possibilitem a sobrevivência dos prestadores de serviços de saúde privados.
Em março do ano passado, foi firmado entre representantes do segmento e a Secretaria Municipal de Saúde de Salvador, o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), em que ficou acordado a quitação dos débitos em até 60 dias depois do vencimento. Em dezembro, a administração de João Henrique deixou pendente o pagamento de novembro e dezembro para a gestão de ACM Neto.