AGÊNCIA ANSA
Abuja – O presidente da Nigéria, Goodluck Jonathan, afirmou que as ações da seita radical islâmica Boko Haram constituem “uma declaração de guerra”. Jonathan declarou o estado de emergência no país africano, deslocando tropas nos estados de Borno, Yobe e Adamawa e prometendo “medidas extraordinárias” contra o terrorismo e a violência. Já em 2012 o mandatário nigeriano tinha tomando uma medida semelhante, limitada a apenas algumas áreas de quatro estados.
Boko Haram, que na língua local Hausa quer dizer “a educação ocidental ou não-islâmica é pecado”, reivindicou os recentes ataques de Baga, ocorrido no dia 16 de abril que deixou 186 mortos e foi seguido por uma violenta repressão militar, e o de Bama, do dia sete de maio, que deixou pelo menos 55 mortos.
A seita, que tem laços com Al Qaeda, foi fundada em 2001 com o objetivo de expulsar os cristãos do norte da Nigéria, onde os muçulmanos são a maioria e instaurar um regime baseado na aplicação da sharia, a lei islâmica.
Desde os confrontos religiosos de 2009, Boko Haram reivindicou dezenas de ataques, em particular contra igrejas e contras as forças de segurança nigerianas, com centenas de mortos. (AnsaLatina)