AGÊNCIA ANSA
Buenos Aies – Aumenta a pressão sobre a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, após as denúncias feitas por Miriam Quiroga, ex-secretária do falecido presidente argentino Néstor Kirchner, marido de Cristina e que governou o país entre 2003 e 2007.
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Quiroga participou no último domingo de um programa televisivo comandado pelo jornalista Jorge Lanata, no qual afirmou que sabia da existência de “bolsas com dinheiro” que circulavam na Casa Rosada, sede da Presidência argentina, quando Néstor, falecido em 2010, presidia o país. Lanata trabalha em um grupo midiático opositor a Cristina Kirchner. Quiroga, contudo, disse que não chegou a ver as “bolsas com dinheiro”.
Ela foi convocada a depor na Justiça, que já questiona há dias o empresário Lázaro Báez, muito próximo a Néstor Kirchner e que está no centro das denúncias de corrupção feitas por Lanata. Em dois programas anteriores de Lanata, duas testemunhas falaram sobre o suposto esquema de lavagem de dinheiro, no caso de 55 milhões de euros, que seriam fruto de subornos recebidos em troca de obras públicas concedidas a empresários. Os 55 milhões de euros seriam levados depois ao Uruguai, Panamá e à Suíça.
Segundo informações do jornal Clarín (opositor a Cristina Kirchner), o juiz federal Julián Ercolini iniciou nesta quarta-feira os procedimentos para incluir Miriam Quiroga no Programa Nacional de Proteção às Testemunhas. Ercolini investiga desde 2008 se existe ou existiu alguma associação ilícita entre Cristina e os empresários supostamente favorecidos por obras públicas, como Báez. (AnsaLatina)