Sensação de insegurança. Esse é o principal problema apontado por moradores, pedestres e comerciantes que utilizam o espaço da Praça do Campo Grande. Localizada num bairro de classe média-alta, a praça, segundo os frequentadores, tem deixado de ser um local público de convivência tranquila, dando lugar a uma tensão constante.
“Tá complicado. Uma amiga minha foi assaltada há menos de uma semana. Tem muito bandido e isso atrapalha o fluxo da população por aqui”, disse o estudante de Música da Ufba, Caique Veloso, 20 anos. “Depois das 22h, o Campo Grande vira terra de ninguém. Não me sinto segura como anos atrás”, conta a arquiteta Tatiana Seixas, 35, que mora há 15 anos no bairro.
“Sempre rola de tudo aqui, mas os portões sempre ficam abertos, não se fecha a praça à noite. A Guarda Municipal tira as pessoas de dentro, mas não tranca. De noite fica tudo aberto. Até gente tomando banho nua, no meio do dia, nessas águas, eu já vi”, conta um ambulante que trabalha no local, mas preferiu não se identificar.
Aliado a isso, a prefeitura também tem dificuldade de realizar uma fiscalização na área. Atualmente, a guarda sequer tem as chaves dos cadeados para mantê-la fechada durante a noite. “Nós não sabemos nem onde está a chave dos portões da praça. Encontramos tudo num total abandono ”, afirmou o tenente-coronel da PM Francisco Edson de Araújo, comandante da Guarda Municipal, órgão responsável por proteger o patrimônio em espaços públicos, como praças e parques.
De acordo com Araújo, desde a última terça, equipes com três guardas municipais fazem rondas diárias no local para evitar depredação do patrimônio. “As equipes estão no local durante o dia e a noite com o objetivo de diminuir as ações da população, que deteriora o espaço ”, completou. (Luana Rocha, do Correio)