Salvador – A Polícia Civil, por meio da Delegacia do Consumidor (Decon), o Ministério da Agricultura, o Procon e a Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab) deflagraram, na quarta-feira (11), operação para averiguar denúncia sobre a existência de um frigorífico clandestino, localizado num prédio, com fachada pintada de branco, no Loteamento Jardim Terra Nova, Rua B, 179 A, no bairro de Valéria, em Salvador. Mais de 30 toneladas de carne, armazenadas de forma irregular, foram apreendidas e destruídas e os dois responsáveis pelo estabelecimento comercial conduzidos à delegacia.
A carne, de origem bovina e suína, não estava refrigerada e grande parte dela se encontrava espalhada sobre o piso do frigorífico, apresentando sinais de putrefação e com a presença de larvas de insetos. Segundo a delegada Carla Santos Ramos, titular da Decon, a empresa não tinha autorização para armazenar ou comercializar o produto e utilizava dois selos de autenticação da Adab, em nome de outras firmas, uma delas sediada no Piauí.
“O selo é uma identidade do estabelecimento comercial e significa que tem licença para manipular o produto”, explicou a delegada, que investiga agora se eles foram falsificados ou cedidos por outras empresas. No local, onde a carne apreendida vinha sendo comercializada, a polícia encontrou diversas notas ficais de açougue e supermercados instalados em bairros, como Federação, Valéria, Ogunjá, Ceasa e BR-324.
Orlando Silva Santos, 34 anos, e José Evaldo Ribeiro de Macedo, 49, donos do frigorífico, foram autuados em flagrante por crime contra relação de consumo, pelo armazenamento e comercialização de produto impróprio para o consumo, cuja pena varia de dois a cinco anos. Os dois vão responder em liberdade, após pagamento de fiança arbitrada na delegacia, no valor de sete salários mínimos para cada.
Além da equipe da Decon, comandada pela delegada Carla Ramos, participaram da operação o diretor da Adab, Moacir Araújo, a diretora do Procon, Isabela Barreto, o representante do Ministério da Agricultura, Mário Dantas, e prepostos da Polícia Militar, lotados na 31ª Companhia Independente da Polícia Militar (Valéria).