O bilionário Eike Batista oficializou nesta quinta-feira seu interesse em assumir o controle do Maracanã. Uma de suas empresas, a IMX, entrou em um dos dois consórcios que apresentaram propostas ao governo do Rio de Janeiro para gerir o complexo esportivo, que será privatizado.
A IMX é parceira da Odebrecht e da AEG na concorrência pelo estádio. Juntas, elas formam o Consórcio Maracanã SA. O grupo vai disputar o controle do Maracanã com o Consórcio Complexo Esportivo e Cultural do Rio de Janeiro, formado pela construtora OAS, a Stadion Amsterdam e Lagardere Unlimited.
A entrega das propostas ocorreu nesta manhã em uma sessão tumultuada na sede do governo do Rio de Janeiro, o Palácio Guanabara. Protestos atrasaram o plano inicial da reunião, que ocorreu uma hora e meia depois do previsto e ainda está sendo contestada por deputados estaduais presentes.
O deputado Marcelo Freixo, por exemplo, disse ainda durante a sessão que o fato de o governo não ter liberado a entrada de populares na reunião a torna ilegal. “O modelo de licitação garante o acesso livre da população”, disse ele. “Vamos recorrer à Justiça e ver o que vai acontecer.”
Freixo defende que a sessão seja anulada. Em entrevista coletiva, ele também questionou a participação da IMX na concorrência pelo Maracanã. “É para lá de suspeito a participação de uma empresa que teve acesso a informações que a diferenciam das demais”, disse Freixo. (Vinicius Konchinski/UOL Esporte)