CLÁUDIO HUMBERTO
A família do jornalista Vladimir Herzog, morto em 1975 durante a ditadura militar, recebe nesta sexta-feira (15) uma versão retificada do atestado de óbito.
O novo documento, revisado após determinação da Justiça, consta como causa da morte “lesões e maus tratos sofridos durante o interrogatório em dependência do 2º Exército (DOI-Codi)”, em substituição à versão de “asfixia mecânica por enforcamento”, divulgada pelo exército ao alegar um suposto suicídio.
“É uma grande vitória. Quando você tem um atestado mentiroso e é obrigado a aceitá-lo é quase que um processo de humilhação para família”, disse Ivo, um dos filhos do jornalista. A alteração no documento ocorre após um pedido da Comissão Nacional da Verdade, acatada pelo juiz Márcio Bonilha Filho, da 2ª Vara de Registros Públicos de São Paulo. (Coluna de Cláudio Humberto)