Alana Gandra
Agência Brasil
Rio de Janeiro – Quinze anos depois do desabamento do Edifício Palace 2, na Barra da Tijuca, que matou oito pessoas, as vítimas da tragédia ainda esperam por indenização. Segundo Rauliete Guedes, presidenta da Associação de Vítimas do Palace 2, as 120 famílias filiadas à associação receberam, até agora, 40% do que tinham direito, em sete parcelas, o que dá um total, atualizado, de R$ 30 milhões. Outras famílias preferiram entrar na Justiça em ações separadas.
Rauliete Guedes e o filho tinham dois apartamentos no prédio e conseguiram recomeçar a vida, comprando novos imóveis pelo Sistema Financeiro de Habitação (SFH). O que ela possuía no Palace 2 foi implodido após a tragédia, enquanto o do filho foi perdido no desabamento, ocorrido no dia 22 de fevereiro de 1998, um sábado de carnaval.
O Palace 2 possuía 176 apartamentos. A última família que estava morando em um hotel por decisão judicial foi expulsa por ordem da própria Justiça, devido ao não pagamento das diárias pela construtora Sersan, responsável pela obra que desabou.
O dono da construtora, Sérgio Naya, morreu em Ilhéus (BA), em 2009, o que agravou o problema, já que os bens que possuía acabaram reunidos em espólio. “Vai aumentando o montante e fica por isso mesmo”, reclamou Rauliete.