A Prefeitura de Salvador apura dívidas de processos de desapropriações de terrenos que podem ter dado prejuízos de cerca de de R$ 340 milhões aos cofres públicos, de acordo com informações repassadas pela Secretaria da Fazenda do município. Por conta da suspeita sobre ações da gestão anterior, o prefeito ACM Neto suspendeu os processos de desapropriação.
A Secretaria disse que já possui lista com 14 nomes de bancos, construtoras e pessoas físicas que estão sendo alvos de investigação, mas eles não foram divulgados. O mapa da fraude foi mostrado à imprensa pelos secretário da Fazenda, Mauro Ricardo, nesta quinta-feira (31).
Segundo ele, são 915 mil metros quadrados em duas áreas da cidade. Uma delas, nas dunas de Stella Maris, e a outra, na área da Lagoa do Abaeté. O prejuízo pode chegar a R$ 340 milhões, segundo o secretário.
O acerto para as desapropriações envolveu dívidas que os donos dessas áreas tinham com a prefeitura pela falta de pagamento do IPTU, mas todos os terrenos, segundo dados levantados pela Secretaria da Fazenda, tiveram preços superfaturados. Os terrenos foram desapopriados e os donos indenizados. Os terrenos foram desapopriados e os donos indenizados. O valor da indenização foi calculado com base em área vizinhas de condomínios de alto luxo em Stella Maris. O metro quadrado do local onde só existem dunas saiu por R$ 265, no ano de 2009. A prefeitura ficou com áreas que eram de preservação ambiental, tendo que pagar aos vendedores o valor dos terrenos ou abater dívidas que eles tinham de impostos municipais atrasados.(Do G1)