CLÁUDIO HUMBERTO
Nos últimos dias de 2012, o Ministério da Fazenda fez uma série de manobras para aumentar receitas e cumprir a meta fiscal. O governo pôs em prática uma gigantesca operação de triangulação financeira com o uso do Fundo Soberano do Brasil, Caixa Econômica Federal e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, que garantiu o ingresso de pelo menos R$ 15,8 bilhões nos cofres em dezembro.
O dinheiro reforçou o superávit primário — a economia feita para pagar as despesas com juros da dívida —, mas minou ainda mais a credibilidade da politica fiscal brasileira.
A operação consumiu a maior parte dos recursos depositados no FFIE (Fundo Fiscal de Investimentos e Estabilização) — onde estavam aplicados os recursos do FSB. O Tesouro resgatou, em 31 de dezembro, R$ 12,4 bilhões do FFIE, reduzindo o patrimônio para R$ 2,85 bilhões, de acordo com dados da CVM (Comissão de Valores Mobiliários). Informações do Estadão. (Coluna de Cláudio Humberto)