Terceira colocada na disputa presidencial de 2010 com 19,6 milhões de votos, Marina Silva baterá o martelo sobre a criação de um novo partido até o final de janeiro. A fundação de uma legenda é a única hipótese aventada por ela no momento para voltar a concorrer ao Planalto na disputa de 2014, segundo aliados que acompanham o processo.
O movimento pela criação da sigla ganhou força com a publicação da última pesquisa Datafolha, no início de dezembro, que coloca Marina em segundo lugar na disputa. No levantamento, ela tem de 13% a 18% das intenções de voto, a depender dos adversários, e só perderia para a presidente Dilma Rousseff e para seu antecessor, Lula.
Análise: Adesão a princípios é o forte de Marina, mas também a limita
A criação de uma nova sigla é cogitada por Marina desde julho de 2011, quando ela deixou seu antigo partido, o PV, por desentendimentos com a direção da legenda.
Apu Gomes/Folhapress
A ex-ministra Marina Silva, segundo lugar na pesquisa Datafolha para Presidência em 2014
A ex-ministra Marina Silva, segundo lugar na pesquisa Datafolha para Presidência em 2014
Na disputa municipal de outubro, Marina apoiou candidatos de 11 siglas diferentes, com base no discurso da sustentabilidade global e da formação de uma terceira via política no país.
Recentemente, a ex-ministra do Meio Ambiente intensificou a agenda de encontros e reuniões com o “núcleo duro” de sua campanha de 2010 e com novos apoiadores para discutir a possibilidade de criação de uma legenda.
Ainda em dezembro, procurou congressistas interessados na troca de partido.
Segundo participantes desses encontros, o grupo tenta formular algo que represente uma nova forma de fazer política e não seja encarado como apenas mais um partido político. (Paulo Gama,Folha.com)