Com pouco mais de uma semana como prefeito de Salvador, João Henrique fez um balanço da sua gestão de oito anos e falou sobre o que deixou de presente para a cidade. O mandatário afirmou que não tem medo de ficar inelegível e disse ainda que espera uma boa gestão de ACM Neto. De acordo com JH, o principal legado que ele deixou para a população soteropolitana foi uma cidade mais igual, sobretudo em eelação aos bairros e regiões que eram “esquecidas por parte das autoridades”.
“A Salvador do centro, a Salvador da cidade alta, tinha tudo, mas a Salvador do subúrbio, a Salvador da Cidade Baixa, das ilhas de Maré, Paramana, Bom Jesus, essas não tinham nada. Essa Salvador era completamente esquecida por parte das autoridades. Então, eu acho que esse foi o grande legado imaterial que eu acabei deixando nesse oito anos. A cidade toda tratada como uma única cidade. Todos nós temos direitos e deveres de cidadão como irmãos, moradores de uma única cidade”, disse, em entrevista à Rede Bahia, afiliada da Rede Globo.
O mandatário comentou ainda sobre as dificuldades que enfrentou durante sua gestão e apontou que a baixa receita de Salvador foi um grande impasse para o seu mandato. “Dificuldades eu diria que o ponto número um é a baixíssima receita per capita de Salvador. Nós temos uma população que mora 70% de forma informal. Então, essas habitações informais não contribuem. E essa população cresce em uma razão de 60 a 100 mil novos moradores por ano. Quando a seca é muito forte no interior da Bahia, como foi este ano, a previsão é de cem mil novos moradores em Salvador, quando se fechar o ano agora em dezembro. Só que uma cidade que recebe um acréscimo populacional desta razão, sobretudo quando a seca é mais forte no interior da Bahia, e não tem receita, de fato, a equação é muito difícil”, declarou.