CLÁUDIO HUMBERTO
A ministra Superior Tribunal de Justiça (STJ) e ex-corregedora do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Eliana Calmon, enalteceu a importância da punição no julgamento do mensalão, por sua função didática, dando exemplo a possíveis contraventores. Ela apontou que crimes como os do mensalão causam as grandes mazelas vividas no Brasil como atraso no desenvolvimento, descrédito nas instituições democráticas e “perda do padrão moral”.
“A corrupção leva a um desgaste do poder público perante a população. Ela começa a se desinteressar e dizer que nada vale a pena. Se a classe governante não faz, não sou eu, cidadão, que vou dar moralidade ao Estado”, conclui.
Criticando escolhas políticas para cargos de confiança, apontou a falta de conhecimento técnico e ética como como um dos fatores que dá margem a corrupção. Ela criticou a falta de transparência no serviço público e o excesso de formalismos, dois dos problemas que mais combateu enquanto esteve à frente do CNJ. (Coluna de Cláudio Humberto)