REDAÇÃO DO JORNAL DA MÍDIA
Salvador – O sistema ferryboat está com apenas uma embarcação em tráfego na manhã desta quarta-feira (5) e o usuário que quiser fazer a travessia entre Salvador e a Ilha de Itaparica deve procurar outra alternativa. A espera na fila, se permanecer a situação atual, deve passar de cinco horas. Além do ferry “Maria Bethânia”, o único que está operando, uma lancha que normalmente faz a travessia Salvador-Mar Grande, foi solicitada pela Agerba e está transportando passageiros entre os terminais de São Joaquim e Bom Despacho.
Quem chegou hoje no ferryboat às 6h, só vai embarcar a partir do meio dia. A situação é tão difícil que a Agerba só está vendendo passagens (de pedestre) para a partir das 12h30. No salão de embarque de passageiros, a confusão é geral, com usuários gritando e pedindo providências.
A situação do ferryboat está cada vez mais complicada. Com a saída de tráfego, há 3 semanas, do navio Anna Nery, devido a um incêndio no motor, o sistema estava com apenas o Ivete Sangalo e o Bethânio em tráfego. Hoje o Ivete quebrou, deixando os passageiros atônitos.
“Informaram aqui que o próximo navio para Bom Despacho só vai sair meio dia. Eu já estou preso dentro da fila de veículos no terminal. O que vou fazer agora? Tenho meus compromissos. Isto é um absurdo em pleno Verão, um barco só atendendo. Acho que o governo está querendo fazer o usuário de besta, de otário”, desabafou José Gonçalves Rocha, por telefone, ao JORNAL DA MÍDIA.
Quatro dos oitos ferries que compões a frota do sistema estão passando por reforma na Base Naval de Aratu. Pelo prazo divulgado pelo secretário de Infraestrutura, Otto Alencar, no próximo dia 15 esses navios vão voltar a operar e a travessia passará a contar com sete embarcações. Contudo, ninguém mais acredita que até o dia 15 as operações do sistema estarão normalizadas, como garante Otto Alencar.
“Por mais boa vontade e paciência, é difícil se acreditar no que falam o secretário e os dirigentes da Agerba. A situação está se agravando os resultados não surgem. A Ilha está vazia, os comerciantes acumulando prejuízo em cima de prejuízo. É muita incompetência”, disse Carlos Costa, morador de Gameleira.