O advogado do goleiro Bruno Fernandes, Lúcio Adolfo da Silva, pretende fazer mais uma manobra no processo de sumiço e morte de Eliza Samudio. Antes mesmo da juíza Marixa Rodrigues ler a sentença para Luiz Henrique Romão, o Macarrão, e Fernanda Gomes Castro, o defensor afirmou que vai pedir a nulidade do processo. Isso porque, alega que foi impedido de entrar na sala secreta, onde os jurados decretam a sentença.
O argumento usado pelo advogado é que foi autorizado a fazer perguntas à ré Fernanda na quinta-feira e por isso teria direito a entrar na sala secreta por interesse de seu cliente. O Juiz Luiz Afonso Andrade, da 4ª Vara Criminal de Contagem, explicou que somente os defensores dos réus condenados tem autonomia ou podem solicitar a nulidade do processo.
O novo defensor foi constituído para o goleiro Bruno na última quarta-feira. A situação foi vista como uma manobra de defesa para o atleta ser julgado em outra data. A manobra deu certo. Logo que assumiu o caso, durante a audiência, Lúcio Adolfo, pediu para a juíza Marixa Rodrigues o desmembramento do processo, pois ainda não tem conhecimento dos autos. Pressentindo ser novamente um esquema dos defensores dos réus, o promotor Henry Vasconcelos pediu multa para os envolvidos, mas a juíza concedeu prazo para o advogado ler o processo e determinou a separação.
Bruno Fernandes, Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, e Dayanne dos Santos, que já haviam sido desmembrados do processo anteriormente, serão julgados no dia 21 de janeiro.(Estado de Minas)