Salvador- O 1º vice-presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Leur Lomanto Jr. (PMDB), condenou hoje (22) a falta de estrutura das universidades estaduais do estado, o que tem motivado diversas manifestações de estudantes e professores, principalmente nos campi do interior. Segundo ele, a qualidade do ensino tem sido comprometida pela ausência de aparelhamento nos centros de ensino e pela desvalorização da pauta dos professores, que tem reivindicado o reajuste salarial de 28%.
Hoje, vários docentes estiveram na Casa Legislativa, onde protestaram contra a falta de acordo do governo. O peemedebista chamou a atenção para o sucateamento do curso de Odontologia da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb), em Jequié.
Estudantes do curso universitário da “Cidade Sol” permanecem acampados no prédio da Reitoria, em Vitória da Conquista. Diante de problemas de espaço físico no módulo do curso, falta de laboratórios e materiais clínicos, como o autoclave, importante na esterilização dos instrumentos e de matérias-primas para fazer moldes de gesso e para restaurações, além da ausência de manutenção nos aparelhos de radiografia, eles estão sem aulas há duas semanas. Os alunos já promoveram apitaços e passeatas pela cidade, com o objetivo de chamarem a atenção das autoridades e mobilizarem a sociedade.
“O governo deu as costas para as universidades públicas baianas, que atendem grande população de estudantes de nosso Estado e tem sofrido ao longo dos anos com a falta de investimento na estrutura. Atualmente o repasse da Receita Líquida de Impostos a essas instituições não chega a 5%. Com isso as universidades são obrigadas a pedirem a suplementação de verba para suprir as demandas de ensino, pesquisa e extensão acadêmica”, disse Leur Jr.
O parlamentar pede que “o governo se sensibilize com a causa dos estudantes e dos professores e busque a solução dos problemas, assim como a valorização do ensino público superior no Estado, dialogando com categoria e viabilizando as melhorias necessárias”. Informações dão conta de que o salário dos professores da Bahia está numa realidade aquém a dos outros estados nordestinos.