LUÍS AUGUSTO GOMES
O brilho cada vez mais ofuscante do vice-governador Otto Alencar não convence experientes deputados, do governo e da oposição, quanto à tese corrente que lhe dá grande probabilidade de vir a ser o candidato do governador Jaques Wagner à sucessão.
“O PT não abre mão da cabeça de chapa. Wagner está mimando Otto para segurar ele, mas é conversa”, afirma um, enquanto outro acha que, frustrado, como parece, o nome de Rui Costa, “o governador vai para o plano B, que é Walter Pinheiro, apesar de Lula preferir Sérgio Gabrielli”.
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Uma eventual candidatura do senador Pinheiro arrumaria tudo na base: o PSD, com Otto, iria para o Senado, Marcelo Nilo ficaria com a vice pelo PDT, e a ascensão de Roberto Muniz ao Senado contemplaria o PP – o PSB já tem a senadora Lídice da Mata e o PCdoB comerá o que lhe derem.
Um senão põe em risco a toda arquitetura: um terceiro parlamentar, governista, considera Pinheiro “uma grande expressão do PT no Brasil, bom em quase tudo”, o que seria forte empecilho a sua indicação: “No fundo, Wagner não quer. Pinheiro é melhor do que ele e vai matar ele politicamente”.
Caso sem jeito – A ressalva feita em relação a Pinheiro – “bom em quase tudo” – levou o repórter a querer saber que defeito estaria impedindo a perfeição do senador. A resposta: “Ah, ele é do PT”. (Por Escrito)