Uma tempestade de inverno levou ventos, chuva e neve para o norte da Costa Leste americana, provocando dois acidentes fatais com as estradas cheias de gelo e pondo abaixo a eletricidade em milhares de lares que acabaram de ter a luz religada após a supertempestade Sandy. Mais de meio milhão de pessoas acordaram sem luz nesta quinta-feira em Nova York e Nova Jersey, que registraram recorde de neve para o período.
Meteorologistas dizem que esta tempestade, chamada de Athena, foi mais fraca do que o imaginado, mas ainda assim causos estragos à já debilitada infraestrutura da Costa Leste americana, região mais populosa do país. Chuva e neve continuam a cair em Nova York nesta quinta-feira.
“Meu filho acabou de ter a luz de volta, há dois dias, e agora vem esta tempestade e ele está sem eletricidade de novo”, tuitou o morador de Staten Island Mark Fendrick.
A neve que caiu de quarta para quinta-feira foi considerada recorde para a época do ano, já que os Estados Unidos atualmente passam pelo outono. No Central Park, em Nova York, a neve chegou a uma altura de 11 cm, a maior registrada em 7 de novembro no local na história. Pela manhã, a neve já tinha aumentado para quase 12 cm.
Mortes também foram registradas nesta madrugada em acidentes provocado pelas pistas escorregadias. Duas pessoas morreram, em Nova Jersey, e outras duas, em Connecticut.
Por causa da previsão de mau tempo, voos chegaram a ser cancelados na quarta-feira. Por enquanto, nesta quinta-feira, apenas a United Airlines cancelou um voo que sairia de São Paulo com destino a Nova York, as outras companhias no Brasil operam normalmente.
Como autoridades temiam, a tempestade derrubou galhos de árvores e fios elétricos. Segundo autoridades, 60 mil pessoas que ficaram sem luz durante a tormenta Sandy ficaram de novo no escuro nesta semana.
Mais de meio milhão de pessoas ficaram sem eletricidade durante a noite em Nova York e Nova Jersey, quando a temperatura atingia níveis congelantes, e encontrar abrigo para essas pessoas foi o maior desafio. Nesta manhã, o número de casas no escuro subiu de 607 mil para 666. mil. O prefeito nova-iorquino, Michael Bloomberg, ordenou a polícia a usar alto-falantes para alertar moradores de áreas vulneráveis a abandonar suas residências. (O Globo)