REDAÇÃO DO JORNAL DA MÍDIA
O ex-senador e ex-governador César Borges conseguiu emplacar o nome de José Lúcio Machado na presidência da Conder (Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia). José Lúcio, que foi presidente da Embasa no governo de Paulo Souto, assume o cargo na próxima semana em lugar do engenheiro Milton Villas-Bôas.
O peso da Conder no bojo da gestão estadual será maior que o de muitas secretarias de Estado. Ela responderá pelos principais projetos de mobilidade de Salvador – Via Expressa e metrô.
A José Lúcio, que vinha ocupando cargo no gabinete do secretário Cícero Monteiro, na Sedur, tinha sido oferecida também o comando da Coresab – Comissão de Regulação dos Serviços Públicos de Saneamento Básico da Bahia, que em breve será transformada em agência de regulação – o projeto de lei está na Assembleia Legislativa da Bahia.
Borges teria achado a Coresab coisa ”pouca demais” para o seu pupilo. A principal função da Coresab é fiscalizar os serviços da Embasa, inclusive deliberar sobre os reajustes tarifários da empresa de água e saneamento – as duas são órgãos subordinados à Sedur. Fica difícil se entender como é que um órgão da Sedur tem autonomia para fiscalizar uma co-irmã. O último reajuste de água estabelecido pela Coresab, de 12,98%, foi motivo de muita polêmica e de ações judiciais.
Medrado fica sem nada – Com o projeto do metrô sob o comando do Governo do Estado, quem vai tomar mais uma porradinha é o deputado federal Marcos Medrado. Depois de perder todos os cargos de confiança na Agerba, agência que regula o transporte intermunicipal e o ferryboat, Medrado fica sem nada. Otto Alencar é quem controla a Agerba desde fevereiro de 2011.
Marcos Medrado vem, desde então, tentando conseguir alguma fatia na gestão estadual, mas sem sucesso. Apostou tudo em Pelgrino, se licenciou da Câmara para coordenar a campanha do petista no subúrbio, e nada.
O que sobrou para o deputado federal do PDT foi o controle da Companhia de Transportes de Salvador (CTS), que responde pelo metrô de Salvador. O presidente da CTS é Hebert Mota, afilhado de Medrado, que já arrumou as gavetas.