CLÁUDIO HUMBERTO
É uma enorme lorota publicitária, que não resistirá a ação na Justiça, a “desapropriação”, no Rio, dos 500 mil metros quadrados da refinaria de Manguinhos “para construir moradias”, como trombeteou o governador Sergio Cabral. A avaliação é de juristas. Brigar com empresários em nome de suposta “causa social” rende dividendos políticos, sobretudo em período eleitoral. A área é da União, por isso o governo estadual não pode torná-la “de utilidade pública para efeito de desapropriação”.
Nem pensar – A área de Manguinhos é contaminada e as regras do programa “Minha Casa, Minha Vida” vetam a construção de casas em terrenos assim.
Longo trabalho – Resíduos de petróleo foram enterrados por décadas, em Maguinhos. Especialistas estimam em 15 anos o prazo para descontaminar a área.
Bom direito – Durante uma audiência, um ministro do SFT ironizou a truculência na desapropriação: “Isso foi feito na Venezuela ou na Coréia do Norte?”
Dinheiroduto – Também podem estar por trás da desapropriação interessados no duto que liga Manguinhos à região portuária do Rio, avaliado em R$1 bilhão. (Coluna de Cláudio Humberto)