Deu na coluna Tempo Presente, assinada por Levi Vasconcelos: No day after da vitória de ACM Neto em Salvador, a voz corrente: o que sobrou no governador Jaques Wagner em matéria de civilidade democrática faltou em Pelegrino.
Da parte de Pelegrino, compreende-se.
Quem acompanha a trajetória dele sabe que o sonho dele é governar Salvador. E achava que por não ter problemas no PT e ser aliado e alinhado com os governos estadual e federal, o momento era este. Embora já tivesse perdido três, nesta não se preparou para perder, só para ganhar. Perdeu e não digeriu.
Para o governo, se não dá para agradecer ao povo de Salvador, dá para tirar a lição: se Neto, sem nada, contra tudo e contra todos, ganhou, é sinal de que algo vai mal com os humores do povo da capital em relação ao poder. Na avaliação governista, derrota é como queda de avião, nunca tem um motivo só.
Mas o resultado do embate de 2012 reflete uma grande insatisfação. Duas dicas, extraídas das pesquisas qualitativas que nortearam os marqueteiros, para expor as duas grandes angústias coletivas em Salvador:
1 – A cidade está à beira de um ataque de nervos com a crescente falta de segurança.
2 – Muito se fala em mobilidade, mas a cidade está a cada dia mais imobilizada.
Salvador ficará muito grata a quem ajudar a minimizar tais flagelos, seja lá quem for.