Flávia Albuquerque
Agência Brasil
São Paulo – Os médicos de São Paulo suspenderam hoje (18) o atendimento eletivo a todas as especialidades de dez operadoras de saúde, mantendo apenas os atendimentos de urgência e emergência. Entre os dias 11 e 17 de outubro, os médicos já haviam paralisado os atendimentos aos pacientes desses planos, mas de forma escalonada.
A previsão da Associação Paulista de Medicina (APM) é que cerca de 4 milhões de clientes de planos de saúde deverão ser prejudicados pelo movimento dos médicos, em todo o estado. A associação estima que participem do protesto pelo menos 4 mil médicos dos 50 mil que trabalham com saúde suplementar em todo o estado.
Não estão sendo atendidos os clientes dos planos Green Line, Intermédica, Itálica, Metrópole, Prevent Sênior, Santa Amália, São Cristóvão, Seisa, Trasmontano e Universal. Os médicos reivindicam remuneração de R$ 80 por consulta, valores dos procedimentos atualizados conforme a Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM) e inserção nos contratos de critério de reajuste a cada 12 meses.
A categoria aproveita o Dia do Médico para fazer um protesto contra as operadoras e para chamar a atenção da sociedade para as más condições de trabalho enfrentadas pelos médicos, como a má remuneração das consultas, negação de exames e internações, entre outros temas. A ação será feita também em outros estados do país.