CLÁUDIO HUMBERTO
Advogados de defesa e os próprios réus do mensalão alimentam agora a expectativa de que as sentenças, inclusive de prisão, podem ser atenuadas em razão das “biografias” dos acusados. A expectativa foi gerada pelo ministro Carlos Ayres Brito, presidente do Supremo Tribunal Federal, ao admitir, na sessão de quarta (10), que a história do réu pode ser considerada, por ocasião da “dosimetria” das sentenças.
Capítulo final – Ao definir a dosimetria, fase final do julgamento, os ministros do STF fixarão as penas a serem cumpridas por cada um dos condenados.
Tristeza – Vários ministros, como Rosa Weber, não esconderam a tristeza pela condenação de réus como o ex-deputado José Genoino.
Reconhecimento – Até ministros que condenaram Genoino reconheceram que ele não se locupletou do dinheiroduto do mensalão do governo Lula.
Fatos julgados – A ministra Cármen Lúcia foi o primeiro integrante do STF a lembrar que estão em julgamento “fatos” e não as histórias dos acusados.
Quem manda – Na biografia “Entre o sonho e poder”, lançada em agosto (Geração), José Genoino diz que com José Dirceu foi contra a coalizão com PP, PL e PTB, mas Lula a aprovou. Deu no que deu. E ele “não sabia”. (Coluna de Cláudio Humberto)