Entre os partidos médios e grandes, o PSB foi a legenda que obteve maior crescimento na disputa pelas prefeituras nas eleições de domingo, tornando-se, a partir de agora, um dos mais cortejados e cobiçados por forças políticas governistas e de oposição. Partido considerado satélite do PT no cenário nacional, o PSB ganhou espaço na última década, registrando, no período, um aumento no número de prefeituras. Elegeu 133 prefeitos em 2000 e, agora, mais do que triplicou, chegando a 433. Em 2008, foram 310 prefeitos, uma variação de quase 40% em quatro anos.
O PT também teve performance positiva: saltou de 554 para 625 prefeitos eleitos, num aumento de 13%. PSB e PT foram os únicos, no universo de grandes e médios partidos, que cresceram entre 2008 e 2012. O PMDB continua absoluto com o maior número de prefeitos, 1.018, mas diminuiu 15% nos últimos quatro anos e amarga derrotas seguidas desde a década passada.
O PSDB, o segundo em número de administrações municipais, com 693 vitoriosos, também vem caindo nessa tabela. Há quatro anos elegeu 789 prefeitos. O grande derrotado foi o DEM, em queda livre nas últimas eleições. O partido ganhou 492 cidades há quatro anos e, a partir de janeiro de 2013, comandará só 276 municípios, uma variação negativa de 44%. O maior favorecido com o definhamento do DEM é o novo PSD, que elegeu 493 prefeitos em suas primeiras eleições, ficando com o quarto maior número de municípios.
Peça-chave na sucessão presidencial de 2014, o PSB tanto pode continuar ao lado do PT e apoiar a reeleição de Dilma Rousseff quanto se aliar aos tucanos e compor com o senador Aécio Neves, o provável candidato do PSDB. Mas, nesse ritmo de crescimento, o PSB vislumbra chegar em 2018 com reais chances de conquistar a Presidência da República. Seja como opção a um possível esgotamento do PT ou com um aliado petista, mas cabeça de chapa.(André de Souza e Evandro Éboli, de O Globo)