Cerca de 300 pessoas participaram do enterro do menino J. P., de 12 anos, que caiu do quinto andar do Colégio de São Bento. O corpo dele foi sepultado na manhã desta segunda-feira no cemitério Memorial do Carmo, no Caju. O clima no local foi de muita tristeza.
Familiares e amigos da vítima chegavam ao velório, na Capela 8, a todo momento. Três seguranças da escola impediram a aproximação da imprensa. Um paredão de pessoas foi montando ao redor do caixão do menino. Segundo um dos seguranças, isso foi feito a pedido da família da criança.
Em solidariedade à família do aluno, o Colégio São Bento está fechado nesta segunda-feira. Durante o velório, dois seguranças informaram que não tinha ninguém na escola, e que os funcionários, inclusive a diretoria, iriam ao enterro.
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O menino morreu neste domingo, dez dias depois de ter dado entrada no Hospital Municipal Souza Aguiar, vítima de uma queda ainda não esclarecida do quinto andar do tradicional Colégio de São Bento. A morte da criança causou grande comoção nas redes sociais. Ele estava internado desde o dia 28 de setembro no CTI, com traumatismo craniano e uma lesão no baço, e seu estado de saúde era considerado gravíssimo desde o primeiro dia.
No domingo, o Colégio de São Bento divulgou uma mensagem, lamentando a morte do aluno. “Reitoria, professores e funcionários, consternados pela perda tão prematura, se solidarizam com os pais e familiares, neste momento de dor. Dai-lhe, Senhor, o repouso eterno e brilhe para ele a vossa luz”, dizia a nota da direção da escola.
O mistério em torno da morte do menino continuará a ser investigado. A hipótese inicial de bullying foi recentemente descartada pela polícia, após ouvir educadores do São Bento, entre eles, a coordenadora pedagógica. No domingo, o delegado-adjunto da 1ª DP (Centro), Aldrin Rocha, disse que chamará para prestar depoimento um outro inspetor da escola e também um professor que deu a penúltima aula do dia, da qual o menino teria se ausentado para ir ao banheiro e demorado a voltar.
Aldrin adiantou também que pedirá à Justiça autorização para ouvir três alunos que permaneceram na sala de aula com J.P, depois da hora, que foram os últimos a verem o menino ainda com vida antes da queda. O delegado afirmou que tentará ouvi-los no colégio ou na companhia dos pais. (O Globo)