REDAÇÃO DO JORNAL DA MÍDIA
Os caciques do PT baiano e o governador Jaques Wagner estão desapontados com o resultado das urnas. O motivo: não esperavam um resultado tão ruim da base aliada nos três principais municípios da Bahia. Os governistas vão disputar o segundo turno em Vitória da Conquista – o 3º maior colégio eleitoral. Davam como certa a eleição do petista Guilherme Menezes logo ontem. Em Feira, foi humilhante, digno de pena. Uma enxurrada de votos para José Ronaldo (DEM). Em Salvador, a surpresa maior: ACM Neto (DEM) bateu Nelson Pelegrino (PT) no primeiro turno e transformou o segundo turno num verdadeiro clássico, num jogo sem qualquer favorito e de resultado imprevisível.
O carlismo ganhou musculatura em Salvador, graças – em grande parte – a arrogância, a prepotência e a incompetência do governo do estado. Wagner está pagando caro por ter maltratado os policiais militares, humilhado quase 100 mil professores da rede estadual e entregue Salvador à bandidagem. Foi no voto que a população da capital baiana mostrou sua mágoa e indignação.
Vai ser um segundo turno de tirar o fôlego. ACM Neto inicia a caminhada com mais gás, mais motivação, mais alegria. Ontem, após a divulgação dos resultados oficiais do primeiro turno, o Democrata era só euforia e entusiasmo. Pelegrino estava triste. Ficou mais animado depois de um telefonema da presidente Dilma.
Contará ainda a favor de ACM Neto o tempo de TV – agora rigorosamente igual – e o julgamento do mensalão – o maior esquema de corrupção da história do País. Pelegrino terá a máquina do estado ao seu inteiro dispor e, claro, o padrinho de sempre, o ex-presidente Lula. Vai ser um jogo decidido nos detalhes, como nos grandes clássicos.