Duas de três pesquisas de boca de urna não oficiais divulgadas neste domingo na Venezuela dão vitória ao candidato opositor, Henrique Capriles. De acordo com a Ivad, Hugo Chávez ganharia por oito pontos percentuais, mas, segundo os institutos Consultores 21 e Varianza, Capriles seria o presidente, com quatro e dois pontos percentuais de vantagem, respectivamente.
O primeiro boletim de resultados será emitido quando a tendência das urnas for irreversível e já apontar o vencedor. As leis nacionais proíbem a divulgação de pesquisas antes do primeiro boletim oficial. A maioria das seções eleitorais do país já encerrou a votação.
Pouco antes do encerramento da votação, o chefe de campanha de Chávez, Jorge Rodríguez, afirmou, em uma coletiva de imprensa, que esta foi a eleição com maior participação da História da Venezuela. Em ligação ao comando da campanha, Chávez pediu calma a todos.
– Vamos reconhecer o resultado, seja qual for. O triunfo será da democracia – disse, por telefone, o presidente venezuelano.
Segundo números divulgados pela Varianza, o opositor teria 51,3% dos votos, contra 48,06% para o presidente venezuelano. O jornalista colombiano Daniel Coronell afirmou, pelo Twitter, que “fontes não oficiais do chavismo e da oposição falam de um resultado apertado”.
Em sua conta no Twitter, o ministro das Relações Exteriores do Equador, Ricardo Patiño, disse que tinha acesso a uma das bocas de urnas não oficiais. “Assim que as pesquisas forem oficiais vamos divulgá-las. Viva a Venezeula!”, postou.
De acordo com Tibisay Lucena, presidente do Conselho Nacional Eleitoral, enquanto existirem eleitores votando, as seções permanecerão abertas. Em Guárico, cerca de 400 colégios eleitorais seguem recebendo votantes.
– É com grande alegria e satisfação que parabenizamos o povo que saiu de casa para decidir os destinos deste país por este dia magnífico – afirmou em coletiva de imprensa.
Em locais de Caracas, houve problemas com as urnas eletrônicas e muitos eleitores tiveram de esperar a chegada de urnas comuns para votar manualmente, o que provocou atrasos. Dados extraoficiais apontam que o comparecimento ficou em entre 77% e 80%. (O Globo)