Os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes e Celso de Mello questionaram nesta quinta-feira contradições no voto do revisor do mensalão, Ricardo Lewandowski, sobre a compra de apoio político nos primeiros anos do governo Lula (2003-2010).
A discussão foi provocada após o revisor afirmar que a tese de compra de votos é contraditória e que “há provas para todos os gostos” no processo.
Com o voto de 7 dos 10 ministros, o Supremo selou na segunda-feira o entendimento de que o mensalão foi um esquema de desvio de dinheiro público para a compra de votos parlamentares e apoio político ao governo Lula.
Na leitura de seu voto sobre a acusação contra o ex-ministro José Dirceu, Lewandowski citou um depoimento do deputado Odair Cunha (PT-MG) com um estudo apontando que a gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não tinha problemas de fidelidade. Ele apontou ainda que “não havia coincidência” entre pagamentos do valerioduto e votações.(Folha.com)