LUÍS AUGUSTO GOMES
O caso do mensalão não será muito explorado na reta final da campanha eleitoral. Pelo menos, se o que o senador Aécio Neves (PSDB-MG) disse ontem, ao chegar a Salvador, for levado à risca. “Tenho a preocupação de não colocar o mensalão como ativo eleitoral. É um momento histórico para o País”, declarou.
Aécio Neves veio marcar seu apoio à candidatura a prefeito de ACM Neto (DEM), mas, cuidadoso, disse não ter a pretensão de agregar votos a Neto, “apenas” falar da própria experiência como governador de oposição por oito anos. “O PT não pode carimbar o dinheiro como se os recursos fossem dele. O dinheiro é público”, afirmou.
As palavras são uma reação à tese petista do “alinhamento” de Nelson Pelegrino com os governos estadual e federal. Aécio lembrou que Minas Gerais foi o Estado de melhor desempenho no Ideb – Índice de Desenvolvimento da Educação Básica –, mesmo sendo governado por um partido de oposição ao então presidente Lula.
Senador vê “projeto de poder” no PT – Sobre a possibilidade de sair candidato à Presidência em 2014, o senador mineiro não se manifestou, mas investiu contra o atual governo. “O PT abriu mão de ter um projeto transformador do País para ter um projeto de poder”.
Bem-humorado, Aécio agradeceu o “lançamento” do seu nome como candidato ao Palácio do Planalto por Fernando Haddad, candidato do PT a prefeito de São Paulo, ressalvando: “Quem define isso é o PSDB”. (Por Escrito)