Salvador – O presidente da Fundação Mário Leal Ferreira, autarquia ligada à Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano, Habitação e Meio Ambiente, o arquiteto, urbanista e professor da Universidade Federal da Bahia (UFBa), Luiz Cezar Mesquita Baqueiro, apresentou hoje (26) um estudo preliminar para a reurbanização do Centro Empresarial Tancredo Neves.
A apresentação se deu no auditório do Condomínio Mundo Plaza, durante seminário promovido pela Associação Empresarial Tancredo Neves para discutir propostas para requalificação da área, situada entre os prédios Suarez Trade e o Salvador Trade Center.
O estudo, que visa a criação de praças e jardins, de estacionamentos subterrâneos, e de uma ciclovia foi solicitado pela Associação Empresarial Tancredo Neves que reivindica a reurbanização da área para evitar o crescimento desordenado e a invasão da área pública. O trabalho apresentado pelo professor prevê o fechamento e urbanização da área do rio Camurujipe e a criação de equipamentos, dentro de uma visão humanística de valorizar o cidadão e o pedestre que trabalham ou moram na região.
Pedreira esclareceu que não se trata ainda de uma ação deliberada pela prefeitura, mas disse desejar “que venha a ser”. Ele elogiou o estudo apresentado pela Odebrecht Realizações Imobiliárias e Participações S.A, através do engenheiro civil Eduardo José Pedreira Sobrinho, que considerou mais ousado que o seu.
Com vários pontos em comum, a ideia básica das propostas é construir praças, jardins, estacionamentos subterrâneos, ciclovias e áreas que humanizem o lugar e estimulem o convívio. “Na Europa, se fala muito em reciclar, sinônimo de qualificação urbana”, explicou o professor cujo trabalho inclui o plantio de árvores e reconstituição de calçadas para deixar o local mais agradável.
Segundo o diretor-superitendente da associação, o advogado Luiz Walter Coelho Filho, os empresários associados estão dispostos a firmar parcerias com a prefeitura para realização das obras. Afinal, a região é considerada o coração financeiro da cidade: são 5.789 salas comerciais, 878 apartamentos residenciais, 1.578 quartos de hotéis representando mais de três mil leitos, 743 lojas e outros empreendimentos que somam 9.049 unidades imobiliárias que garantem à prefeitura o valor anual de R$ 20 milhões em IPTU.
A região, onde também estão instaladas empresas como a Petrobras, Vale, Cetrel e órgãos como a Receita Federal, tem uma circulação fixa de 70 mil pessoas, na maioria trabalhadores, e uma população flutuante de 23.500 pessoas, número superior à população da maior parte das cidades baianas.
A diretora-técnica da associação, Sandra Novis, citou dez pontos de intervenção que a entidade acredita relevantes para o projeto de reurbanização, entre os quais cabeamento subterrâneo para iluminação pública, ampliação e padronização das calçadas com acessibilidade para deficientes fisicos, organização de canteiros e vagas de estacionamento, criação de espaços públicos para convívio, segurança comunitária no espaço público e organização do comércio informal.
Também falaram o diretor da Associação Baiana de Hotelaria, Luiz Blanc, o especialista em administração hoteleira Celso Ricci e o gerente da Enashopp, Raul Menezes, bem como os diretores da associação Carlos Macedo, diretor-financeiro, Hélio Ortega, diretor-institucional, e Fernando Passos, diretor de Comunicação.