Em vez de sair da Bahia com dinheiro, como quer, Pinto dos Santos, à esquerda, deve sair algemado. Pelo menos é o que acha o vice-governador Otto Alencar. Pinto continua mentindo e insiste em denegrir o governo pela imprensa. “Ele vai receber uma pulseira”, garantiu Otto”.
O secretário de Infraestrutura e vice-governador da Bahia, Otto Alencar, deu a entender nesta terça-feira (25), que o presidente da TWB, Reinaldo Pinto dos Santos, vai acabar saindo algemado da Bahia.
“Em vez de receber dinheiro, ele vai receber uma pulseira”. Pulseira, na gíria policial, significa algema. Pinto disse que vai exigir na Justiça R$ 196 milhões pelo rompimento do contrato da TWB com o governo da Bahia.
Otto Alencar apresentou hoje comprovantes bancários que atestam que Pinto dos Santos transferiu no dia 1º de janeiro deste ano cerca de R$ 249 mil, em dinheiro vivo, dos cofres da companhia para a sua conta pessoal.
“Cada dia que passa as coisas vão aparecendo. Isso é apropriação indébita do dinheiro arrecadado no Réveillon. Isso aqui é caso de polícia. É por isso que não tem dinheiro para consertar barco. Esse [Reinaldo Pinto] é um homem que não consegue falar uma única verdade, mas a Justiça não dá razão à mentira. Ele vai ter que devolver muito dinheiro. Eu vou tirar dele tudo o que ele lesou do Estado. Eu vou atrás dele onde ele estiver. A auditoria do Estado está lá dentro e, pelo jeito que vai, em vez de receber dinheiro, ele vai receber pulseira”, disparou Otto, sobre a possibilidade de as denúncias culminarem na prisão do executivo, que pede ressarcimento do governo pela quebra contratual.
Em dezenas de matérias publicadas nos últimos três anos, o JORNAL DA MÍDIA já tinha advertido inúmeras vezes: o caso da TWB na Bahia é para a polícia investigar. O caixa-dois da companhia, segundo informações que circulam há muito tempo na Agerba, favorecia a muitos “colaboradores” da empresa paulista.
Os ”colaboradores” da TWB existem em vários setores. Se a polícia investigar, com certeza vai chegar a muitos deles.
Aliás, a previsão de algema do secretário Alencar para o dono da TWB, já foi sugerida há muito tempo pela empresária Lenise Ferreira, presidente da Associação Comercial de Vera Cruz (Ilha de Itaparica). Lenise é autora de várias ações no Ministério Público da Bahia, em que aponta dezenas de irregularidades praticadas pela TWB no sistema ferryboat.
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