CLÁUDIO HUMBERTO
Integrante da base de apoio ao governo Lula, o Partido Progressista (PP) também se enrolou no esquema do mensalão, tanto assim que o ex-líder Pedro Henry (MT) e o ex-dirigente Pedro Corrêa (PE) são réus no “núcleo político” do esquema. A organização do propinoduto no PP, segundo ex-dirigente partidário, dividia os beneficiários nas categorias Ouro, Prata e Bronze, determinando o nível do pagamento do suborno.
Cheque em branco – Na categoria Ouro, dirigentes e figurões do PP recebiam todos os meses ou quando solicitavam valores do mensalão, sempre elevados.
Limite elevado – Os parlamentares da categoria Prata, na bancada do PP, embolsavam do mensalão valores sempre altos, mas limitados a R$ 100 mil.
Baixo clero – Na categoria Bronze estavam políticos de menor expressão, do “baixo clero” do PP, e os valores mensais nunca ultrapassavam os R$ 30 mil.
Caixa preta – O antigo dirigente partidário disse à coluna, inclusive, que o verdadeiro mensalão do governo Lula jamais foi investigado seriamente. (Coluna de Cláudio Humberto)